A Caio – Companhia Americana de Ônibus nasceu em pleno período de pós-guerra mundial, em uma era de renascimento, reconstrução e esperança. Foi fundada em 19 de dezembro de 1945, pelos irmãos Gonçalves, revendedores Ford, e por José Massa, imigrante italiano que chegou ao Brasil em 1925.

A Caio começou a operar em 12 de janeiro de 1946, em um barracão de 3.120 m², na Avenida Celso Garcia, no Brás, em São Paulo, com 120 colaboradores.

A primeira carroceria levou 30 dias para ser produzida, a Jardineira, trabalho puramente artesanal.

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No primeiro ano a Fabricante de Ônibus CAIO fabricou 146 carrocerias.

Compra da Cia. Autocarrocerias Cermava, RJ. Produção de chassis sob licença da italiana Siccar.

Em 1952, foi inaugurada a fábrica na rua Guaiaúna, na cidade de São Paulo, com 24 mil m2. Além de carrocerias em duas fábricas, a da rua Guaiaúna e da Cermava (RJ), produzia chassis, sob licença da italiana Siccar.

Ainda 1952 a Caio produziria sua primeira carroceria totalmente metálica, com estrutura construída com perfis de aço em U, com abas, e chapeamento externo ainda em aço.

Em 1958 a Mercedes-Benz lançou o primeiro chassi para ônibus urbano, o LP-321. A Caio foi a primeira empresa do país a encarroçá-lo.

Em 1960 nasceu a primeira carroceria com estrutura tubular, feita com chapas estampadas em duplo U, o modelo urbano Bossa Nova, cujo design apresentava janelas largas, vidros deslizantes e para-brisas panorâmicos.

Em 1963, foi lançada a linha Jaraguá, novo modelo urbano, com maior área envidraçada e estilo mais leve. Dois anos depois ganhou nova grade dianteira e quatro faróis, vindo a ser o primeiro grande sucesso de vendas da marca.

No ano de 1965, a Caio desativa a Cermava, no Rio de Janeiro, para concentrar sua produção em São Paulo.

Em 1962 foi fundada a Cia. Industrial de Ônibus do Nordeste, sediada em Jaboatão, PE. A fábrica da Caio Norte, como era chamada, tinha potencial produtivo de 40 carrocerias ao mês. Foi inaugurada oficialmente em 1966, dirigida por José Roberto Massa, filho de José Massa.

No Salão do Automóvel de 1966, a Caio apresentou o rodoviário Gaivota, última palavra em acabamento interno e conforto

Foi lançado o micro-ônibus Verona e também o urbano Bela Vista, já apresentado no Salão do Automóvel.

Em 1971, a Caio completou 25 anos de sua fundação. Em comemoração, lançou o modelo rodoviário Jubileu, motor dianteiro.

A Caio incorporou na estrutura das carrocerias, o uso de peças de fibra de vidro, principalmente em painéis, capôs, grades de faróis, bancos e traseiras. O material fez uma nova revolução na produção de ônibus.

Em 1974, nasceu o Gabriela, modelo urbano com linhas mais retas e para-brisa panorâmico. Outro lançamento desse ano foi o micro Carolina I, sucessor do micro Verona.

Em 1976, o grupo Caio adquiriu a fábrica de carrocerias Metropolitana S/A, no Rio de Janeiro, e absorveu a tecnologia do duralumínio.

No mesmo ano, surgiu o modelo Gabriela II, com vigia inteiriço. Foi o primeiro urbano da Caio fornecido em versão articulada, sobre os recém-lançados chassis Volvo nacionais, e sobre chassi Scania com motor dianteiro.

Em 1977 foi lançado o Corcovado, o primeiro modelo rodoviário da empresa, com estrutura de alumínio e o Itaipu, rodoviário turismo, originado do Gabriela.

Em 1978 a Fabricante de Ônibus Caio, encerra as atividades da Fábrica de Carrocerias Metropolitana - RJ

O Brasil começa a década com a visita do papa João Paulo II ao país. A Caio foi a encarroçadora escolhida para construir o “Papamóvel”, fabricando sobre o micro Carolina. Duas unidades dos veículos que transportaram o Papa durante sua visita a algumas cidades brasileiras.

As fábricas da rua Guaiaúna, SP, e Metropolitana, RJ, foram transferidas para a planta de Botucatu, que ainda estava em construção

Inaugurada oficialmente em 1982. Instalou-se em um barracão de 30 mil m², num terreno de 280 mil m² e área construída de 76 mil m². A nova planta era uma das maiores fábricas de carrocerias do mundo, com capacidade de produção de 700 unidades mensais.

Caio iniciou a década e a nova planta com duas novidades em seu mix: a substituição da linha urbana Gabriela pelo modelo Amélia, que também foi um sucesso, sendo fabricada com estrutura em aço ou alumínio, e o rodoviário Aritana, com linhas quadradas e acabamento simples, originado da estrutura da carroceria Gabriela.

A empresa voltou a investir no mercado rodoviário, lançando, no início de 1985, o moderno Squalo, de linhas arrojadas, em alumínio, culminando com a festa de 40º aniversário da empresa e com a inauguração oficial da fábrica de Botucatu.

Em 1988, foi lançada a carroceria Vitória, substituindo o Amélia, um veículo urbano também de grande sucesso e um dos modelos mais procurados. Com linhas limpas e modernas, seu equilíbrio e harmonia eram especialmente ressaltados nas versões padron e articulada, com motor central. Eram produzidas cerca de 280 unidades ao mês desse model

Outra estratégia foi entrar no mercado de exportação para a América do Norte. A Caio direcionou dois novos produtos: o rodoviário Monterrey, sobre chassi Mercedes-Benz OH, e o Beta, monobloco sobre plataforma de projeto próprio, com suspensão mista. Os dois modelos foram mostrados na III Expobus, em setembro de 1994, em São Paulo.

Em dezembro de 1995, data do 50º aniversário da empresa, foi apresentado o urbano Alpha, feito em aço ou duralumínio, substituindo o Vitória que havia sido líder de mercado desde o seu lançamento, sete anos antes, com 28.000 unidades produzidas.

A Caio é a primeira encarroçadora a receber certificação da ISO

Acompanhando o Alpha, também foi lançado, o Alpha Intercity, para os segmentos intermunicipal e turismo, com alguns detalhes estéticos que os diferenciava do modelo urbano: parabrisa dianteiro mais amplo e o traseiro reduzido; caixas de itinerários interna; parachoques mais robustos e lanternas traseiras maiores.

Num esforço concentrado para modernizar e diversificar sua linha, a Caio promoveu três lançamentos: o micro Piccolo, em substituição ao Carolina, o mini Piccolino, nas versões standard e luxo; e o “futurista” urbano Millennium, para chassis com motor traseiro,com piso normal ou low entry.

Em agosto desse ano, em meio às dificuldades advindas da concordata, a Caio ainda lançou o urbano Apache S21, em substituição ao Alpha.

A Caio completou 55 anos em dezembro de 2000, com cerca de mil colaboradores. No mesmo mês, dava-se o encerramento de suas operações.

A nova Caio nasce nesse contexto mundial, como Induscar. Depois de ter sua falência decretada, em dezembro de 2000, muita gente se uniu para não deixar a grande marca perder seu valor e as pessoas perderem seus empregos.

Em outubro de 2002, na 4ª Fetransrio, a Caio apresentou dois protótipos do Giro 3400, com 3,4 de altura, primeiro modelo rodoviário da nova fase da empresa, ambos com 12,7 m de comprimento e capacidade para 42 passageiros, mais rodomoça.

Os urbanos de motor traseiro também trouxeram novidades. A segunda geração da carroceria Millenium foi lançada no final de 2003, apropriada para qualquer chassi de piso baixo. O Millenium II, com linhas totalmente redesenhadas e harmônicas, veio responder pelo segmento top da linha de urbanos.

Em 2004 a Caio forneceu para o próprio Grupo Ruas, 30 biarticulados especiais para operação nos corredores de São Paulo, modelo ao qual deu o nome Topbus. Também em 2004 foi lançado o modelo rodoviário Giro 3600 com 3,6m de altura, modelo para médias e longas distâncias, para chassis com motor central ou traseiro.

No início de 2005, a empresa foi a escolhida para fornecer 530 carrocerias para o Chile. Dessa vez, com um novo modelo de motor traseiro: o Mondego. No mesmo ano, foi anunciada mais uma importante incursão no exterior: o acordo com a sul-africana Bussmark, para montagem de carrocerias, a serem remetidas do Brasil sob a forma SKD.

No fim desse ano, a empresa deu continuidade à renovação da sua linha, lançando novos micros, batizados de Foz, nas versões urbana, turismo, executiva e escolar. Anunciados como os de maior largura interna da categoria, podiam comportar até quatro bagageiros laterais sob o piso, além de um traseiro.

Em outubro desse ano, a Caio mostrou na Fetransrio, o Foz Super, seu primeiro urbano médio, chamado de “micrão”. O estilo era o mesmo do micro Foz, com pequenas alterações, a principal delas a abertura em forma de C acima da grade. Também em 2006 foi lançado o Mondego HA versão articulada do Mondego.

Um novo urbano “convencional” da marca surgiu, em janeiro de 2007, o Apache S22, uma reestilização do Apache S21, seguindo a linha de ônibus básico, de motor dianteiro, para atender a um segmento que pedia por veículos mais simples. Em maio foi lançado o novo mini Atilis, desenvolvido em parceria com a Mercedes-Benz.

Em 2007 a Induscar deu inicio na modernização do seu parque fabril.

Em 2008, o mix de produtos Caio foi expandido, com o lançamento do Mini Foz, em substituição ao veterano Piccolino. Com comprimentos entre seis e oito metros e projetadas para utilizar qualquer tipo de chassi, as novas carrocerias comportavam grande número de aplicações, desde serviço executivo até transporte rural.

Para atender melhor a demanda da fábrica de ônibus e do próprio mercado, formou-se o grupo Caio Induscar com a aquisição de novas empresas. Além da encarroçadora, foi instalada a fábrica de fibras, a Fiberbus.

Em 2009, a Induscar consolidou sua empreitada de renascimento, arrematando em um leilão, o prédio e as instalações da Caio. Hoje, é Caio Induscar.

Também em 2009 foi inaugurada a Inbrasp, fabrica de peças de plástico.

Em 2010 a fabricante de ônibus Caio firma parceria com a Volvo México. Também em 2010 foi lançado o modelo rodoviário Solar 3200.

Em 2011 é realizada a comemoração de 65 anos da marca Caio e 10 anos de Caio Induscar. Nesse mesmo ano foi lançado a 3° geração do Millennium, modelo urbano de motor traseiro.

Em outubro de 2012, a Caio Induscar lançou a Família Millennium BRT, composta pelos modelos Alimentador, Articulado e Biarticulado. Essas carrocerias foram desenvolvidas para atender ao sistema BRT e aos corredores das grandes cidades.

No mesmo ano, a empresa reestilizou o Apache Vip, o carro mais vendido pela encarroçadora paulista e campeão de vendas no Brasil.

Em 2013 o Grupo faz um novo investimento, a aquisição do complexo industrial, nesse complexo foram instaladas novas empresas: a Tecglass (fabricante de vidros temperados) e o CEAC (centro administrativo Caio).

O ônibus rodoviário da Caio Induscar, o Solar, apresenta um novo visual. As novidades ficaram por conta da nova frente, da traseira, da lateral e do salão.

A Caio Induscar reestilizou seu microônibus, Foz, que dá mais agilidade nos trajetos urbanos de pequenas e médias distâncias. A evolução se deu desde o design, estrutura, até o acabamento, para proporcionar maior conforto aos passageiros, além de modernizar a carroceria.

A carroceria foi concebida com novos conceitos de design. A principal mudança externa é o design, em que os conjuntos óticos têm nova geometria e day running lights DRL (luz de posição) em led, evitando a queima constante das lâmpadas; as lanternas traseiras são em bloco de led e intercambiáveis.

Em 2015 o Grupo faz um novo investimento. É inaugurada, na cidade de Barra Bonita-SP, mais uma unidade fabril da Caio Induscar.

Também em 2015 foi lançado o modelo rodoviário Solar 3400, com 3,4m de altura nas versões motor traseiro e motor dianteiro, além do lançamento, no mesmo ano modelo Mondego passa por uma reestilização.

Em 2016, comemorou-se o marco de 70 anos de atividades da marca Caio e 15 anos de Caio Induscar. Durante a Fetransrio 2016, foi realizada uma exposição dentro do Millennium BRT, utilizando as placas de propaganda do veículo, com fotos dos produtos que marcaram cada década da marca.

A Caio Induscar lançou no mercado nacional, a quarta geração do Millennium, ônibus urbano, próprio para chassis de motor traseiro, nas versões piso baixo e normal. O modelo, direcionado principalmente para o mercado interno, foi idealizado para atender a clientes que operam em centros urbanos e corredores de ônibus.

A Caio Induscar apresentou durante a Fetransrio, a segunda geração do Millennium BRT Superarticulado, ônibus urbano com 23m, idealizado para operar em sistemas BRT e corredores. Com linhas ainda mais aerodinâmicas, o modelo alinha design, conforto, rapidez operacional e itens que conferem baixo custo e facilidade de manutenção.

Sócios-acionistas e investidores do Grupo Caio Induscar, adquiriram o parque fabril e a marca Busscar. A aquisição teve como objetivo ampliar a atuação do Grupo Caio Induscar, nos mercados interno e externo.

Apresentado nas versões escolar e executivo, é resultado da união de forças da Caio Induscar e Iveco Bus. É o primeiro micro-ônibus inclusivo do mercado brasileiro. A poltrona com DPM (Dispositivo de Poltrona Móvel), garante acessibilidade a pessoas com deficiência ou dificuldades de locomoção.

Foi apresentado nas versões urbana e executiva. O design arrojado e moderno, com formas arredondadas e aerodinâmicas da dianteira e traseira, confere ao F2400 a imponência e força características dos produtos da marca Caio. Foi também apresentado o “ambiente interno conceitual”, projeto resultante de estudos realizados pela empresa.

Devido à pandemia, o time de inovação e produtos especiais da Caio desenvolve o Caio Protect, um conjunto de soluções para aumentar a biossegurança no ambiente interno dos ônibus da marca.

Em setembro de 2020 a Caio apresenta ao mercado a atualização do micro-ônibus Foz versão F2400, nas versões urbana e executiva. Buscando melhoria e inovação contínuas, foram realizados estudo no design do modelo que resultaram em mudanças na dianteira, também chamado de “facelift”, termo comumente utilizado na indústria automotiva.

A Caio completa 75 anos de história e 20 anos sob a gestão de um novo grupo. Uma trajetória de muitos desafios e conquistas, marcada pelo sonho de tornar cada vez maior a marca Caio, fabricante de ônibus 100% brasileira.

No início de julho de 2021 a Caio lança a quinta geração de seu modelo líder de vendas: o Apache Vip. Além da robustez estrutural, durabilidade e confiabilidade o novo Apache Vip traz melhorias que resultam em mais benefícios para o cliente: Design, funcionalidade, uso de novos materiais.

Com o retorno dos eventos presenciais, a Caio participa da Lat.Bus Transpúblico e traz ao mercado grandes lançamentos: a quinta geração do Millennium (para motor traseiro e central) e a nova carroceria eMillennium (específica para chassis com tração elétrica).

Em abril de 2023, em parceria com a Volvo México, a Caio apresenta ao mercado mexicano o Luminus, ônibus 100% elétrico, fornecido em forma de SKD e montado na fábrica da Volvo, no país.